sexta-feira, 12 de setembro de 2014

[fanfic #009] [capítulo #005] [U2] Ausência

ir para lista de capítulos

Avisos:

  • História não recomendada para menores (temas adultos)
  • Contém sexo hétero e gay

AUSÊNCIA

CAPÍTULO 5

Um mês depois

Quando Bono entrou no quarto, Iris estava olhando pela janela para a rua lá fora. Era uma bela manhã, e o sol brilhava. Ele foi até ela e a abraçou.
— O que está olhando?
— Só vendo a cidade. – ela tocou no rosto dele, sorrindo – Eu queria ir passear hoje.
— Hoje eu não posso ir com você, tenho ensaio daqui a pouco. Mas você pode ir com as meninas da equipe.
— Poxa. – ela fez uma carinha triste, e segurou a mão dele – Queria ficar com você.
Ele sorriu. Adorava aquele jeito dela, de garotinha frágil e inocente. Nos últimos dias, eles vinham andando sempre juntos, e ele sabia que ela estava complemente apaixonada por ele. Sabia que podia fazer o que quisesse com ela. Ela era dele. Sua pequena e deliciosa criança.
— Eu também queria muito ficar com você. – ele a abraçou – Mas se as pessoas continuarem a nos ver sempre juntos, vão começar a suspeitar. Quero evitar comentários sobre nós. Por isso, hoje eu vou ensaiar com a banda, e você vai passear com suas amigas. Vá fazer umas compras, vai ser bom pra te distrair.
— E não vamos nos ver hoje?
— Só à noite, quando voltarmos pra cá. Mas não se preocupe. – ele deu uma mordidinha no pescoço dela – Prometo que de noite eu compenso o dia inteiro.
Ela sorriu, sentindo um arrepio. Os dois se beijaram, e quando Bono começava a subir a mão por dentro da blusa dela, o telefone tocou. Ele parou, com um suspiro, e foi atender, xingando mentalmente quem quer que fosse.
Era Paul McGuinness no telefone, dizendo que os outros estavam a caminho do estúdio. Bono disse que já estava indo, e se voltou para Iris:
— Tenho que ir, meu amor. Estão esperando por mim.
— Tá bom...
— Vai lá se divertir. Leve o celular, qualquer coisa me liga.
— Tá.

* * * * *

No meio do ensaio Larry não se sentiu bem, e eles acabaram terminando bem mais cedo. Quando se preparavam para ir embora, Adam foi até Bono, dizendo:
— Bono, podemos conversar um minuto?
— Até dois, se você quiser. – Bono se apoiou no carro e acendeu um cigarro – Fala.
— É sobre a Iris.
— O que tem ela?
— Você sabe o que tem. – ele se apoiou no carro e ficou um tempo em silêncio, parecendo estar procurando as palavras – Tem certeza do que está fazendo?
— O que quer dizer?
— Você tem certeza de que quer assumir o risco de ser amante de uma menina de quinze anos?
Bono olhou para ele, sério, e não respondeu. Após um momento, Adam disse:
— Eu sei que isso é problema seu. Mas se isso cair na imprensa, Bono... Você tem que pensar na imagem da banda, e na sua imagem. Tem muita coisa em jogo nessa história.
— Ninguém vai saber de nada. Estou tomando todas as precauções.
— Não tem como tomar todas as precauções. Você sabe como esse povo da imprensa é. Além disso... – ele hesitou – Olha o que você está fazendo. A Iris é uma garotinha.
— Uma garotinha que já foi prostituta.
— Não interessa. Olha pra ela! Eu também gosto de menininhas, mas ela... Ela parece mesmo uma criança. E ela só tem quinze anos, fugiu de casa... Você devia ter levado ela de volta pros tios dela, e não pegado ela pra você como se fosse um cachorrinho que você encontra na rua e dá abrigo.
— Não fala besteiras! Eu não trato ela dessa forma!
— Não? Você “adotou” uma menina órfã e sustenta ela em troca de sexo. Não importa como você realmente a vê, pra qualquer um que olhe de fora, ela é sua prostituta particular. Eu nem sei mais quantos crimes você está cometendo. As consequências disso podem ser muito mais do que uma mancha na sua imaculada imagem, Bono. Você pode ser preso. Pode perder sua esposa e até ser proibido de ver suas filhas. E tudo pra que? Pra transar com uma bonequinha com cara de bebê?
Ao invés de continuar discutindo, Bono simplesmente lhe deu as costas e entrou no carro. Adam suspirou, resignado.
— Ok, eu já disse o que tinha que dizer. Faça o que quiser, majestade.
Bono apenas olhou para ele de forma fria. Em seguida ligou o carro e foi embora, deixando Adam sozinho.

* * * * *

Mal Bono chegara no quarto, e seu telefone tocou. Era Iris.
— Oi, meu anjo.
Oi Bono! Só queria avisar que vou chegar só depois das onze, eu e as meninas vamos no cinema e depois vamos passar em um parque de diversões.
— Tudo bem, pode ir. Divirta-se.
Ela desligou. Bono estava um pouco desanimado por causa da discussão com Adam, e saber que Iris ainda demoraria horas para voltar o deixou mais deprimido ainda. Estava pensando se deveria ligar para algum dos seus amigos e sair para beber – embora não estivesse com nenhuma vontade de fazer isso – quando o telefone tocou novamente. Ele atendeu:
— Alô.
Oi Bono, há quanto tempo.
— Edge. – Bono riu – Nós nos vimos há duas horas.
Pra mim parecem séculos. Você está ocupado?
— Não, estou à toa aqui.
E a Iris está aí?
— Não, ela saiu com umas amigas. Disse que só volta depois das onze da noite.
Então, você vai ficar aí sozinho esse tempo todo? Pobrezinho...
Bono riu.
— Pois é, estou tão solitário aqui...
Se você quiser, eu posso te dar a honra da minha companhia.
— Será um prazer.

* * * * *

Bono abriu a porta. Edge o olhava, com um sorriso nos olhos.
— Oi. – Bono disse, sorrindo, e Edge permaneceu em silêncio, apenas olhando intensamente para ele – Entra.
Ele entrou, e Bono fechou a porta.
— Acho que é a primeira vez em semanas que você fica mais do que meia hora sem a Iris. – disse Edge, andando pelo quarto.
— Acho que sim. – Bono se aproximou dele, e segurou sua mão, em um movimento lento e delicado – Eu senti sua falta.
Edge sorriu, mas disse:
— Sentiu por quê? Você tem a sua menininha com você.
— É, eu tenho. Mas, sabe... – ele chegou mais perto – Ela não pode me dar tudo o que eu preciso.
— É mesmo? – Edge mexeu nos cabelos dele, de leve – E do que você precisa?
Bono riu, ficando um pouco vermelho pela forma como Edge olhava para ele. Mas então se afastou e foi até o bar do quarto, onde encheu dois copos com uísque.
— Eu nunca te agradeci por ter me ajudado com a Iris. – ele entregou um copo para Edge – Se não fosse por você, acho que eu não teria transado com ela até hoje.
— Não precisa agradecer. – Edge aceitou o copo que Bono lhe oferecia, e bebeu – Eu sabia o quanto você queria ela, e você sabe que eu faço qualquer coisa por você.
— Sei sim.
— Como vocês estão?
— Estamos ótimos. – Bono foi até a cama e se sentou – Ela é incrível, Edge. Eu achei que depois de transar com ela, eu fosse me cansar rápido, mas... Parece que quanto mais eu a tenho, mais eu quero ficar com ela. – ele olhou para o líquido em seu copo, e sorriu – E ela é fantástica na cama. Acho que agora ela é ainda melhor do que quando era prostituta. – os olhos de Bono brilharam – Sério, eu não esperava que fosse ser tão bom. Ela é tão intensa, tão apaixonada... Se entrega tão completamente... Ela é fantástica. – ele segurou a mão de Edge – E eu tenho que te agradecer por isso. Por ter convencido ela. Você salvou minha vida.
— Nossa Bono – Edge riu – que exagero.
— Não, não é. Estou falando sério. Você não tem ideia do quanto significou pra mim.
Os dois se olharam. Ambos já haviam terminado de beber; Edge pegou o copo da mão de Bono e o deixou sobre a mesa. Bono se deitou, com um suspiro feliz, e disse:
— Mas e você? Nós só temos nos vistos nos ensaios... Aliás, eu não vejo mais ninguém além da Iris. Como você está?
— Estou bem. Trabalhando muito.
— Não tem se sentido sozinho?
— É, talvez, um pouco. – ele se apoiou no armário e ficou olhando para Bono, com um sorriso suave – Talvez eu também tenha encontrado companhia.
— É mesmo? – Bono se ergueu um pouco, e tentou não demonstrar nenhum receio em sua voz – Quem?
— Não sei. – Edge deu de ombros – Talvez alguma fã tenha entrado escondida no meu quarto. Talvez eu tenha decidido não expulsar ela dessa vez. Talvez eu tenha me sentido muito sozinho, e aceitado alguma outra companhia, porque meu melhor amigo está apaixonado e não me dá mais atenção.
— Que drama. – os dois riram – Mas você não está saindo com ninguém... Está?
— E se estiver? Não posso?
— Bom, pode... Digo, claro que pode, por que não poderia? – ele ficou um pouco vermelho – É só que eu, hum... Eu não esperava que você estivesse saindo com alguém.
Edge ficou um momento em silêncio, apenas olhando para ele; e então foi até a cama e se deitou ao seu lado. Os dois ficaram algum tempo se olhando, e Edge tocou no rosto de Bono suavemente, com as pontas dos dedos.
— Não estou saindo com ninguém. – ele deixava os dedos percorrerem lentamente os contornos do rosto de Bono, seus olhos, seu queixo – Como poderia? Com você do meu lado todos os dias, como eu poderia querer sair com outra pessoa? – ele se aproximou mais, seus dedos se detendo sobre os lábios de Bono, acariciando-os suavemente – Como alguém poderia se satisfazer com outra pessoa, depois de ter conhecido você?
Bono abriu a boca para falar, mas Edge tocou seus lábios com os dedos, em um sinal para que ele se calasse. Os dois ficaram se olhando por mais algum tempo; até que Edge se aproximou, lentamente, e os lábios de ambos se encontraram em um beijo calmo. Bono abriu a boca, permitindo que suas línguas se tocassem. Edge dominava o beijo, provando Bono de forma lenta, profunda.
Quando se afastaram, ficaram os dois se olhando por um tempo, até que Bono disse, num tom tão baixo que era quase um sussurro:
— Você sabe que... – ele tocou o rosto de Edge – Não importa o que eu esteja sentindo pela Iris, ou o que eu sinta por qualquer outra pessoa... Ninguém nunca vai substituir você. Ninguém nunca vai ser tão especial pra mim quanto você é.
— Eu sei.
— Eu te amo.
— Eu também te amo.
Eles se beijaram de novo, demoradamente, com a mesma calma de antes.
— Eu sinto sua falta. – Bono murmurou, quando eles se afastaram.
— Eu também. – Edge lhe deu mais um beijo – Eu te quero muito.
— Eu preciso de você.
— Eu também preciso de você.
Os dois se beijaram de novo, dessa vez de forma mais forte, mais intensa. Edge tocava nos cabelos de Bono, enquanto Bono descia as mãos por suas costas, devagar. Bono tirou a camisa de Edge, e em seguida a sua própria. Os dois foram tirando a roupa um do outro, lentamente, em meio a beijos.
— Então... – Edge disse, quando ambos já estavam nus, e Bono beijava seu pescoço e passava a mão por ele avidamente – Você tinha dito que a Iris não tem como te dar tudo o que você precisa?
Bono riu.
— Sim.
— E o que você quer que ela não pode fazer?
— Uma coisa que só você faz por mim. – ele foi descendo pelo corpo de Edge, beijando cada parte – Uma coisa que eu gosto muito.
— E o que seria?
— Hum...
Bono desceu mais, e foi beija-lo onde Edge queria que ele beijasse. Edge sorriu, e ficou mexendo nos cabelos de Bono enquanto ele fazia aquilo.
— Você gosta de fazer isso pra mim?
— Se gosto? – Bono parou por um momento e riu – Eu seria capaz de ficar horas fazendo isso.
— Eu não garanto que consigo segurar um orgasmo durante horas, mas vou fazer o possível.
— Não precisa. – Bono deu um último beijo nele – Eu amo chupar você, mas tem uma coisa que eu quero muito mais.
— Hum... E que coisa seria essa?
Bono o beijou na boca, um beijo lento e demorado.
— Você quer dar pra mim? – Bono disse, olhando nos olhos de Edge.
— Eu estava esperando você pedir. – Edge riu e puxou Bono para o seu colo, o prendendo em mais um longo beijo – Já faz mais de um mês que estou doido pra fazer isso.
— Você sente falta?
— Tanta falta que acho que vou morrer se não fizer.
— E você vai deixar outra pessoa fazer isso?
— Não. Nunca. – ele deu mais um beijo em Bono – Você é o único.
— Bom menino.

* * * * *

Uma brisa suave balançava as cortinas levemente. Um sol alaranjado jogava seus últimos raios sobre a cama. Bono suspirou ao sentir o calor morno em sua pele, e fechou os olhos. Edge o abraçou, beijando suas costas e seu pescoço. Bono sorriu e mexeu nos cabelos dele.
— Bono... – Edge sussurrou, com os lábios encostados no ouvido de Bono, e este sentiu arrepios.
— Quer mais?
— Sim. Eu preciso. – ele se encostou a Bono, mostrando o quanto ele precisava – Preciso muito.
Bono se virou para ele. Já tinha descansado o suficiente, mas sabia que de noite Iris iria procura-lo, por isso tinha que se guardar um pouco.
— Eu estou cansado.
Mas Edge o beijou com tal paixão que qualquer pensamento sobre resistir desapareceu rapidamente da cabeça de Bono. As coisas foram um pouco mais lentas dessa vez; e após algum tempo, Bono parou.
— Espera. – ele se sentou e ficou olhando para Edge, que estava nu e ofegante, de joelhos sobre a cama – Eu quero dar pra você.
Edge sorriu.
— Seu pedido é uma ordem.
Bono o puxou novamente para si, em um beijo forte, quase desesperado, e os dois se perderam um no outro.

* * * * *

Edge estava deitado, segurando os quadris de Bono, que estava sentado sobre ele, subindo e descendo lentamente. Eles olhavam nos olhos um do outro; Bono aumentou a velocidade, e sorriu quando Edge fechou os olhos e deixou a cabeça pender para trás.
— Você gosta disso? – Bono disse.
Demorou alguns segundos para que Edge conseguisse responder.
— Sim.
— Olha pra mim.
Com algum esforço, Edge manteve os olhos abertos e olhou para Bono, verde em azul.
— Seus olhos. – ele tocou no rosto de Bono – São tão bonitos.
Bono sorriu. Inclinou-se sobre ele e o beijou, demoradamente. Seu ritmo diminuiu um pouco, para que ele pudesse apreciar melhor o beijo.
— Eu te amo. – ele disse, tocando no rosto de Edge.
— Eu também te amo.
Edge moveu os quadris, exigindo um ritmo mais forte, e Bono o atendeu. Os dois olhavam nos olhos um do outro, e aumentavam a velocidade, entre gemidos e beijos; e de repente, o barulho de coisas caindo no chão fez os dois pararem e olharem para a porta do quarto. Iris estava ali, olhando para eles, petrificada. Aos seus pés, algumas sacolas de compras que ela derrubara.
Bono saiu depressa de cima de Edge e puxou um lençol sobre eles, tentando se cobrir. Os três ficaram se olhando durante um tempo que pareceu uma eternidade; e então Iris saiu correndo para fora do quarto. Bono e Edge ainda ficaram alguns segundos inertes, incapazes de raciocinar o suficiente para se moverem; até que Bono finalmente saiu daquele estado de choque, e se levantou depressa, correndo para a porta.
— Iris! – ele a chamou, saindo nu para o corredor, que por pura sorte estava vazio – Iris!
Mas ela já se fora. Ele correu de volta para o quarto e se vestiu em segundos. Edge também se vestia, e disse:
— Bono, espera, nós...
Mas Bono já correra para a rua. Não havia nem sinal de Iris; o segurança do hotel só soube informar que ela passara correndo, mas não vira para onde ela fora. Quando Edge se juntou a ele, Bono estava apoiado em um poste, com lágrimas caindo pelo rosto, e com uma expressão de total desespero.
— Pra onde ela foi?
— Não sei! Ela sumiu, ela... – ele soluçava – Ela...
— Calma, Bono. – Edge o sacudiu de leve – Calma. Vamos encontra-la e vamos conversar com ela, ok? Vamos resolver isso de algum jeito.
— Que jeito? Ela viu a gente! Ela viu...
— Eu sei! – ele abraçou Bono – Eu sei. Mas precisamos primeiro encontrar ela, e depois veremos o que fazer.

* * * * *

Iris corria pelas ruas, sem ter a menor ideia de para aonde estava indo. Andava de tal forma que era um milagre que não tivesse sido atropelada. As pessoas ficavam olhando para aquela menina que corria, aos prantos, mas Iris não se importava; só queria fugir, ir embora, esquecer aquela cena que parecia ter sido gravada a fogo em sua mente.
Edge e Bono.
Ela teve que parar e se apoiar em um poste, pois estava totalmente esgotada. Suas pernas tremiam e sua barriga doía, e respirar era doloroso. Edge e Bono. Tentava não se lembrar da cena, mas quanto mais tentava, mais vívida a lembrança parecia: os dois aos beijos, trocando juras de amor... Bono em cima de Edge, esfregando-se nele, os gemidos dos dois preenchendo todo o quarto... Edge dentro de Bono...
Iris começou a rir histericamente. Eles são gays. Ótimo. Eles são gays. E na noite anterior, Bono a beijara, tocara nela, com as mesmas mãos com que agora...
Pensar nisso fez ela se sentir muito enjoada, e ela se inclinou para a beira da calçada e vomitou. Bono tocara nela com as mesmas mãos que tocara em Edge, a beijara com a mesma boca que...
Ela vomitou de novo, e caiu de joelhos. Algumas pessoas foram até ela, oferecendo ajuda, mas ela apenas balançou a cabeça e fez um gesto para que se afastassem. Com algum esforço, conseguiu se levantar e saiu andando.
Ele mentiu pra mim. Os dois mentiram. Esse tempo todo. Ela lembrou-se de quando era pequena e ficava assistindo aos shows pela televisão, ao lado de seus pais. Sua mãe era completamente apaixonada pela banda, completamente apaixonada por Bono; Iris herdara dela esse amor. Como ela se sentiria se soubesse que...
Uma buzina. Foi tudo o que ela escutou, no momento em que percebeu que atravessara a avenida sem olhar ao redor. E no instante seguinte tudo sumiu.

Nenhum comentário: