CAPÍTULO 2
-- Onde é que está o Bono? - disse Larry, impaciente – Já está atrasado meia hora!
-- Vai ver ele não conseguiu carona. - disse Adam.
-- Não – disse Edge – se fosse, ele ligava. Está atrasado, mesmo.
-- Vamos começar sem ele. - disse Larry – Edge, você canta. Ah, quando ele chegar aqui...
Mal ele falara, a campainha soou. Larry gritou um “Finalmente!”, e foi atender. Voltou seguido por Bono, e outro garoto que ninguém ali nunca vira.
-- Gente – disse Bono, parecendo radiante – esse é meu amigo Guggi.
Todos cumprimentaram o garoto. Edge estava surpreso: era um rapaz completamente diferente do que ele imaginara. Não era forte e com um ar perigoso, como fazia crer pelas descrições feitas por Bono de suas desventuras. Pelo contrário: era um garoto pequeno, loiro, de feições delicadas e ar curioso. Edge não pôde deixar de pensar que parecia uma criança muito bonita.
-- O que você achou do amigo do Bono? - Edge perguntou para Dick, quando ambos saíram do ensaio.
-- Um cara legal. Mas bem diferente do que eu tinha imaginado.
-- É mesmo. - ele fez uma pausa – Ele é muito bonito.
-- Bonito demais, até.
-- Ahm? Como assim?
-- Você não reparou?
-- No que?
-- No jeito dele.
-- Que jeito?
-- Ele é... Sei lá. Ele é estranho, Edge. Você sabe. Um menino... Delicado demais.
-- Você acha que ele...
-- Eu não acho nada. Só digo que parece. Pode não ter nada a ver. Sei lá, isso não é problema meu.
-- É, tá certo. Mas sei lá, eu gostei dele.
-- Cuidado, heim.
-- Cuidado com o que?
-- Cuidado pra não gostar demais dele.
-- Ah, qual é?
Edge deu um soco em Dick, que riu e tentou revidar. Os dois saíram correndo um atrás do outro pela rua, rindo.
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