Poema criado em 24 de outubro de 2006
QUINZE ANOS
Quem me dera que só uma folha pousasse no rio
Às vezes eu me pego calada, olhando o vazio
Às vezes eu me pego calada, olhando o vazio
Será frio para sempre.)
O tempo parou e passará novamente
As cordas que tocam são como serpentes
(As notas calaram.
O mundo silenciou.)
O mundo silenciou.)
Há flores azuis caídas nas águas
E às vezes eu sonho com as pessoas erradas
(O mar transborda.
A alma evapora lentamente.)
A alma evapora lentamente.)
O crepúsculo lembra as antigas saídas
Eu queria que no lugar de fantasmas houvesse vidas
(Para onde foi?
Onde estará?)
Onde estará?)
O brilho do sol não me deixa ver aquilo que está no céu
Eu ficava sentada no chão, segurando um papel
(Eu queria dizer.
Eu queria muito dizer.)
Eu queria muito dizer.)
Me banhava em tintas para parecer com os pássaros do prédio
Como era longa a vida das crianças do ensino médio!
(Tudo cria asas.
Tudo voa.)
Tudo voa.)
Abrem os portões do palácio e príncipes chegam em carruagens
As folhas verdes te encantam mas eu sonho paisagens
(Os fogos explodem.
Tudo é negro.)
Tudo é negro.)
Não vou deixar ninguém passar nos caminhos que são só seus
E você me fez descobrir que eu não acredito em Deus
(Eu fico esperando.
Não há ninguém.)
Não há ninguém.)
Passar as tardes nas listas procurando pessoas
Que saudade de quando acreditava que existiam coisas boas
(Começou a chover.
Está quente, muito quente.)
Está quente, muito quente.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário