sexta-feira, 26 de setembro de 2008

[poesia #005] Fim de Tarde

Poema escrito em 14 de maio de 2008

FIM DE TARDE

Hoje o céu era vermelho-sangue
eu mergulhei nas nuvens
havia uma gota de sangue no canto dos seus lábios
querido, você se lembra
como as flores se tornaram negras?

Havia um pedaço do chão nos seus olhos
um pedaço pequeno,
mas algo.
E estava lá.

Um dia seus lábios tocaram os meus
havia algo bom naquilo
antes de morrerem os sonhos

Colocaram fogo nos campos de bruma
e você estava lá
no meio,
com fogo nas mãos

Hoje o céu era vermelho-sangue
o seu sangue
eu abri a boca e bebi as gotas vermelhas de chuva
e o gosto era amargo pelo medo

Meu amor, um dia alguém disse
que sentir era pecado
você arrancou seu coração do peito e o atirou no mar.
No céu.
Nas pedras.
Mas ele sempre voltará pra você.

Agora você esconde seus erros
mas há marcas minhas em você
como quando queimamos juntos.

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