CAPÍTULO 8
Adam e Edge estavam indo a pé para a casa de Larry, conversando sobre os novos amplificadores que tinham arrumado. Iriam ficar ensaiando, com o resto da banda, até tarde da noite, pois no dia seguinte iriam participar de um pequeno show com várias outras bandas iniciantes, e Bono tinha a esperança de que conseguissem algum reconhecimento.
-- Então – disse Adam – você acha que consegue transformar aquele alto-falante em um sintetizador?
-- Acho, na verdade, não deve ser difícil, se o Dick me ajudar...
Um grito de desespero cortou o ar, interrompendo Edge:
-- SOCORRO!!!!!!!!
Eles se olharam por um instante, e então saíram correndo na direção do grito. Encontraram Bono ajoelhado no chão de um terreno baldio, segurando Guggi, que parecia desmaiado.
-- Bono? - Edge correu até eles – O que houve?
-- Eu não sei! - Bono chorava, e parecia desesperado – Ele caiu de repente... Guggi! Guggi!
Guggi tremia nos braços de Bono, como se estivesse tendo pequenas convulsões. Adam disse:
-- Vou chamar uma ambulância.
Ele saiu correndo, procurando um telefone. Edge se ajoelhou ao lado de Bono.
-- Como isso começou? O que vocês estavam fazendo aqui?
-- Não estávamos fazendo nada! Eu estava indo pro ensaio e o Guggi estava indo comigo, nós paramos um pouco aqui porque ainda estava cedo, e ficamos conversando, e de repente ele...
Um ruído de dor saiu de Guggi, e ele parou de se mexer. Bono o abraçou contra si.
-- Não! Guggi! Acorda, Guggi, abre os olhos, pelo amor de Deus! - ele olhou para o céu – Deus, não leva ele, por favor... - ele beijou os cabelos de Guggi – Ele é tudo pra mim...
Edge tentava não sentir ciúmes de Guggi; tinha a certeza de que, se fosse ele que estivesse desmaiado, Bono agiria da mesma forma. Afinal, eram amigos especiais, não eram?
Adam voltou, dizendo:
-- A ambulância está vindo. - ele se ajoelhou ao lado de Bono – O que vocês estavam fazendo?
-- Nada, a gente estava conversando, e de repente ele começou a passar mal e caiu...
-- Vocês estavam usando alguma coisa?
-- Nada, não usamos nada...
-- Bono, não mente! - ele segurou o braço de Bono – Isso é muito sério! Eu já vi isso antes, ele está tendo uma overdose! O que vocês usaram?
Bono engoliu em seco.
-- Heroína.
-- Caramba... - ele olhou para Guggi, que estava muito pálido – Quanto?
-- Eu só tinha usado uma dose bem pequena, mas o Guggi quis mais, eu disse pra ele não usar, mas ele disse que sabia o que estava fazendo... Ele está acostumado, eu não entendo...
-- Onde está?
Ele apontou para um canto do terreno. Adam foi até lá, e voltou com uma seringa vazia.
-- Vocês usaram tudo?
-- Tudo, não sobrou nada...
A ambulância chegou. Os médicos pegaram Guggi, e Bono e Edge foram com ele na ambulância. Adam foi logo atrás, no carro de Guggi, que tinha ficado estacionado ali perto.
-- O estado dele é estável. - disse o médico, depois de ter medicado o garoto – Ele teve muita sorte. Podia ter morrido, usou uma dose muito concentrada.
-- Eu não devia ter deixado... - disse Bono, cruzando os braços contra o corpo – Não devia... Não pude fazer nada pra ajudar ele, não pude...
-- Não foi culpa sua. - disse Edge, abraçando Bono como um bom amigo especial devia fazer – Você não podia imaginar. E vocês usam isso de vez em quando, e nunca aconteceu nada.
-- Mas ele usou demais dessa vez... Ah, Edge... - ele escondeu o rosto no peito de Edge – Estou com medo... Eu não posso perder o Guggi...
-- Ele vai ficar bem? - disse Adam, para o médico – Não vai ter nenhum problema?
-- Não dessa vez, porque ainda está num estado inicial. Mas, se ele é viciado em drogas, vocês deviam alertar a família, tentar fazê-lo se tratar. Isso pode se repetir, e da próxima vez pode ser pior.
-- Ele não é viciado. - disse Bono, abraçado a Edge, que passava a mão por seus cabelos – A gente só usa de vez em quando.
-- Tome cuidado com isso. Na maioria das vezes, o que começa com uma brincadeira pode se tornar um pesadelo.
O médico saiu. Edge disse:
-- Não é melhor ir pra casa, Bono?
-- Não. Vou ficar aqui, com ele.
-- Seu pai vai ficar preocupado.
-- Ele não se importa muito comigo.
Edge não soube o que dizer.
-- Eu vou indo. - disse Adam – Minha mãe vai me matar se eu não aparecer.
-- Você avisou pro Larry e pro Dick o que aconteceu?
-- Avisei, eles entenderam. Ficaram preocupados. Avisei pro Gavin também, ele estava trabalhando, disse que vinha pra cá o mais rápido possível. Qualquer coisa me liguem.
-- Está bem. Obrigado, Adam.
Adam foi embora. Bono se afastou um pouco de Edge.
-- Edge... Se você quiser ir embora também, pode ir...
-- De jeito nenhum. Vou ficar com você, não posso te deixar sozinho.
-- Não se preocupe, daqui a pouco o Gavin chega, ele nunca ia deixar o Guggi numa hora como essa...
-- Bono – ele segurou o rosto de Bono, fazendo-o olhar para ele – você me disse, no dia do meu aniversário, que ser amigo especial de alguém era adivinhar o que essa pessoa precisava, e dar isso a ela. Eu sinto que você precisa de alguém que te apóie, que segure a sua mão, e vou dar isso a você. A não ser que você não me queira por perto, que queira ficar a sós com o Guggi, eu não vou sair daqui.
-- Claro que eu te quero perto. - ele abraçou Edge novamente – Obrigado, meu amigo.
Quinze minutos depois, Gavin chegou. Estava desesperado.
-- Como ele está? Eu posso vê-lo?
-- Ele está bem. - disse Bono – Mas ninguém pode ver ele ainda. Mais tarde vão transferi-lo para um quarto particular, aí a gente pode visitar ele.
-- O que aconteceu? O Adam não quis explicar por telefone, só disse que tinha encontrado o Guggi desmaiado com você do lado, e que tinham chamado a ambulância.
-- Foi uma overdose de heroína.
-- Meu Deus... - ele se sentou, passando as mãos pelo rosto – Mas como você deixou ele usar tanto?
-- Eu não deixei! Ele já usou muito mais, eu achei que não teria problema!
-- Estou preocupado, Bono. Você não percebeu que o Guggi está estranho?
-- Estranho como?
-- Não sei, mas tem alguma coisa errada. Eu não sei o que está havendo, ele não fala sobre isso, diz que estou imaginando coisas. Mas agora, com isso...
-- Acha que ele pode estar doente?
-- Talvez. - ele suspirou – Ou coisa pior.
-- Pior?
-- Você não acha – Gavin olhou em volta, e baixou a voz – que ele está emagrecendo muito rápido?
-- Eu... Eu sei que está... Eu disse isso a ele, ontem à noite, mas ele disse que era por causa das provas, que tem estudado muito...
-- Bono, por favor. Você sabe que ele não ia emagrecer desse jeito por causa de provas.
-- O que você está pensando, Gavin?
-- Pra mim, só tem duas possibilidades: ou ele está usando coisas escondidas, e muito mais do que usa com a gente... Ou ele está com... Algum outro problema.
-- Não. - Bono balançou a cabeça – Não, Gavin, não.
-- Você também pensou nisso, não é? Você percebeu.
-- Ele não está com isso, não pode estar. Não pode.
-- Peraí. - disse Edge, sem entender nada – Do que vocês estão falando? O que acham que ele tem?
Bono olhou para Edge, e balançou a cabeça.
-- Nada. Ele não tem nada. O Gavin está imaginando coisas.
-- Não estou, Bono, temos duas possibilidades e eu sinceramente não sei qual é a pior... Se ele estiver viciado, ele já era, ainda mais no lugar em que ele mora, você sabe o que acontece com essas pessoas. E se ele estiver com aids...
-- Ele não está com aids! - ele agarrou o braço de Gavin, desesperado – Ele não tem isso, nem está doente, ele não tem nada! Se tivesse, ele diria pra mim!
-- Talvez ele esteja com vergonha de contar! E ele pode estar com as duas coisas, pode ter se contaminado com algum traficante...
-- Ele nunca faria isso! E se fizesse, contaria pra gente! Ele não pode ter aids, Gavin, não pode...
-- M-mas gente... - disse Edge, confuso – Ele não pode ter aids, não é? Digo, aids é uma coisa que só dá em...
-- Ele não está com aids. - cortou Bono, decidido – Não está, tenho certeza.
-- Não podemos ter certeza. - disse Gavin – Devíamos pedir para o médico fazer o exame nele. E devíamos fazer também.
-- E com que cara eu vou chegar no médico e vou pedir um exame pra ver se tenho aids?
-- Espera! - disse Edge – Isso não tem o menor sentido, porque vocês dois teriam? Que eu saiba só tem um jeito de transmitir isso, não é?
Gavin e Bono olharam para ele, como se aquela pergunta fosse algo ridiculamente desnecessário.
-- Nós podemos ter pegado dele. - Gavin disse.
-- O... O que?
-- Não. - disse Bono – Nós sempre tomamos todos os cuidados necessários.
-- Bono, eu perdi as contas das vezes que nós três dividimos uma agulha. Se ele estiver com aids, existe uma grande possibilidade de nós termos pego dele. Temos que fazer o exame.
-- Gavin, raciocina comigo: ele só faz essas coisas com a gente, só roda com a gente, só divide agulha com a gente. Eu não tenho aids, porque só transo com camisinha e não divido agulha com mais ninguém. Você também não tem aids, pelos mesmos motivos. Então, como ele ia pegar? De quem?
-- Essa é a questão. Se ele estiver se viciando, pode ter perdido o controle, pode ter passado agulha com mais alguém, ou feito alguma coisa de errado. Ele não me diz como é que arruma aquelas coisas, não sei o que os caras cobram dele.
-- Por favor! - Bono se levantou – Por favor, você não pode estar pensando...
-- É uma possibilidade.
-- Escuta aqui, eu conheço o Guggi desde que tínhamos três anos e sei que ele jamais faria uma coisa dessas! Confio plenamente nele, entrego minha vida a ele de olhos fechados! Já fiz isso muitas e muitas vezes, do mesmo jeito que ele fez comigo! Sei que ele não tem aids! E, se ele tiver, não me importa, não vou fazer exame nenhum!
-- Bono – disse Edge, assustado – se... Se existir qualquer chance de ele ter aids, e de você ter pegado dele, você devia fazer o exame, sim. Meu Deus, isso é uma coisa muito séria.
-- Você não entende, Edge? - havia lágrimas nos olhos de Bono, e raiva em sua voz – Se o Guggi tiver aids, se ele morrer, eu quero morrer com ele. Não posso continuar sem ele. Não quero descobrir se tenho ou não, só quero estar do lado dele até o fim, e ir embora quando ele for.
Edge não teve palavras para argumentar. Se colocou no lugar do outro: se fosse Bono que estivesse com aids, iria querer saber se também estava? Ou ia apenas ficar do lado dele, e se deixar morrer quando ele morresse?
-- M-mas... - Edge disse, após pensar um pouco – Você tem sua namorada, Bono. Pense nela. Se você tiver aids, pode passar pra ela. Mesmo você se cuidando sempre, pode acontecer um acidente. Tenho certeza de que você não vai querer que nada de mal aconteça a ela.
Ele olhou para Edge, e demorou um tempo para responder.
-- Eu nunca dormi com ela.
-- Quê?
-- Eu e a Ali nunca fomos pra cama. - ele deitou no ombro de Edge – Ela é virgem.
-- Mas... Como... Vocês já namoram há tanto tempo... Você mesmo disse que não conseguia ficar sem sexo!
-- Tenho me arrumado de outras formas. A Ali é uma menina muito certa. Ela me pediu pra esperar, pra respeitar ela, e eu a amo muito, então vou esperar o tempo que for necessário.
-- Nossa...
Nesse momento o médico apareceu, dizendo:
-- Ele já foi transferido. Podem ir visitar ele. Mas apenas dois podem entrar.
-- Eu vou! - disse Bono.
-- Eu também! - disse Gavin, e os dois seguiram o médico para dentro do hospital. Edge ficou sentado, esperando.
Depois de bastante tempo, Bono voltou. Gavin vinha logo atrás. Ambos tinham os olhos marejados.
-- E então? - disse Edge – Como ele está?
-- Está bem, graças a Deus. - disse Bono.
-- Nós conversamos com ele sobre as nossas suspeitas. - disse Gavin – Ele não gostou muito nem quis falar sobre o assunto, mas concordou em fazer os exames.
-- Que bom... E vocês, vão fazer também?
-- Eu vou. Tenho uma namorada e transo com ela, não é justo fazer ela correr esse tipo de risco.
-- Eu não vou. - disse Bono – Não posso. Quero ficar ao lado dele, sem me importar se vou morrer ou não.
Os três se sentaram novamente. Nem Bono nem Gavin pareciam dispostos a irem embora, e Edge não sairia dali sem Bono. Depois de alguns minutos, em que os três ficaram perdidos em pensamentos, Bono se inclinou para Edge e o abraçou.
-- Obrigado, Edge.
-- Ahm? - Edge correspondeu ao abraço, um pouco surpreso – Pelo que?
-- Por estar ao meu lado. Por cuidar de mim.
-- Oh, Bono... - ele fez Bono deitar em seu ombro – Eu faço qualquer coisa por você. Você sabe disso.
-- Eu te amo.
-- Eu também te amo.
Edge tinha a impressão de que seu coração estava dentro do ouvido. Bono se aconchegou a ele, de olhos fechados, e disse:
-- Posso te pedir uma coisinha?
-- Tudo.
-- Poderia comprar um lanche pra mim? Não como nada há horas, estou com fome...
-- Claro, o que você quer?
-- Pode ser um salgado qualquer e um café bem forte. E uns cigarros também.
Ele pegou sua carteira, mas Edge disse, se levantando:
-- Deixa, eu pago. Aproveito e compro algo pra mim também.
-- Mas...
-- Faço questão. - ele tocou no rosto de Bono – Me deixa fazer isso por você.
Bono sorriu.
-- Obrigado. - ele beijou a mão de Edge – Você é tão bom pra mim.
Edge sorriu e foi comprar o que Bono pedira. Quando chegou na lanchonete, porém, ao invés de comprar logo, encostou-se na parede e ficou sorrindo, de olhos fechados. Bono... Ele beijou a própria mão, no lugar em Bono beijara, e pôde sentir o gosto do outro ainda ali. Tinha a certeza de que, depois daquele dia, ele seria tão especial para Bono quanto Guggi era.
Pensar em Guggi, porém, fez seu sorriso sumir. Gavin dissera que existia a possibilidade dos dois terem pegado aids dele. E Bono dissera que “sempre tomava todos os cuidados necessários”. Edge tentava encontrar outra interpretação, mas seus pensamentos sempre acabavam indo parar no mesmo ponto: sexo. No fundo ele já desconfiava disso há muito tempo, desde aquela longínqua noite no acampamento, em que ele e Guggi haviam dormido com Bono. Mas, se fosse isso, porque Bono não lhe contara? Afinal, não eram amigos especiais? Bono iria contar isso a ele, se fosse realmente assim.
Ele comprou os lanches e foi indo de volta para a sala de espera. Antes de virar no corredor, porém, pôde ouvir Bono e Gavin conversando, logo à frente. Os dois não podiam vê-lo, e alguma coisa que eles haviam dito o fez parar: tinha certeza de que ouvira Gavin dizer seu nome. Se encostou na parede e escutou:
-- Olha, Bono – veio a voz de Gavin, na sala – eu sei que isso é algo que você tem que decidir com ele, e não quero me meter na sua amizade, do mesmo jeito que você não se mete na minha amizade com o Guggi. Mas eu realmente acho que o Edge devia fazer o exame também.
-- Não é preciso, Gavin. - disse Bono – Não tem como ele ter pegado nada.
-- Como pode ter certeza? Às vezes, a gente acha que tomou todos os cuidados, mas pode ter acontecido algum imprevisto.
-- Não, você não está entendendo. Não tem como mesmo. O Edge ainda não participa disso.
-- Não? Por quê?
-- Eu ainda não conversei com ele. Acho que ele ainda não está pronto.
-- Nossa... Mas... Do jeito que vocês vêm agindo, eu achei que ele já tivesse se tornado como nós.
-- Já, eu disse a ele que ele era especial, até tirei a virgindade dele... - Edge corou ao ouvir isso – Mas as coisas mais fortes, ainda não mostrei. Ele não estava pronto. Mas... Depois de hoje...
-- Não faça nada por enquanto. E, se fizer, tome muito cuidado. Não vai querer que aconteça nada de ruim com ele.
-- Não, claro que não. Vou esperar, quero ter certeza de que o Guggi não tem nada, porque assim eu também não vou ter nada. Não vou fazer nada que ponha a saúde do meu melhor amigo em risco.
Edge respirou fundo, contou até três, engoliu o enorme sorriso que brotara em seu rosto, e foi para a sala. Gavin e Bono olharam para ele.
-- Desculpe a demora. - ele entregou o lanche para Bono – A fila estava grande.
-- Tudo bem, não demorou nada. Muito obrigado.
Bono comeu seu lanche. Depois, foi acender um cigarro – ignorando completamente as placas de “não fume” - e, na hora que ligou o isqueiro, cortou o dedo em uma pontinha de alumínio que estava rachada na borda.
-- Ai! - ele soltou o isqueiro e segurou o dedo com a outra mão, vendo uma linha de sangue surgir do pequeno corte – Merda.
Num impulso, Edge pegou o isqueiro e passou o dedo sobre a pontinha em que Bono se cortara, cortando o dedo ele também. Bono e Gavin olharam para ele, surpresos.
-- O que você...
Antes que Bono terminasse, Edge pegou o dedo dele e pressionou contra o seu próprio, fazendo o sangue de ambos se misturar. Bono disse:
-- Edge, não! O que está fazendo, eu posso ter...
-- Não me importa. - disse Edge, pressionando seus dedos com mais força – O que você tiver eu terei, e se você tiver que ir, eu irei logo depois.
-- M-mas...
-- Você não entende? - ele beijou a mão de Bono – Tudo o que você faz pelo Guggi, eu faria por você. Você é muito mais do que um amigo. Você significa tudo pra mim.
-- Oh, Edge... - ele abraçou Edge – Você é tão bom pra mim...
-- Bono...
-- Ei, vocês. - disse Gavin – Pessoas. Olhando.
-- Não importa. - Bono olhou para Edge, com carinho – Estou só abraçando meu amigo.
-- Isso. - Edge sorriu – Apenas um abraço de grandes amigos.
-- Eu sei, vocês sabem. Mas os outros não.
-- Isso não importa.
-- Não mesmo. - Edge encostou a cabeça no peito de Bono – Não importa.
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